Alessandra Mello
O PCdoB fechou acordo com o PT e vai apoiar a candidatura ao governo do estado do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel. O presidente do partido em Minas, Wadson Ribeiro, e Pimentel se reuniram esta semana para acertar os detalhes da aliança, que deve ser anunciada formalmente semana que vem. No fim do ano passado, o PCdoB chegou a aprovar o lançamento da pré-candidatura da deputada federal Jô Moraes (PCdoB) ao governo do estado, mas com a polarização da disputa entre Pimentel e o candidato do PSDB, Pimenta da Veiga, mudou os planos.
“Na época eu tinha três inserções por dia (pequenos flashes de propaganda exibidos ao longo da programação diária no rádio e na televisão) contra 16 do Leonardo Quintão e 30 do Marcio Lacerda. Foi muito desigual o embate, por isso decidimos não repetir a experiência de 2008.” Para ela, era importante a legenda ter candidato próprio para garantir uma terceira via para o eleitor, “ampliar o debate” e fortalecer a bancada do partido no Legislativo. “Mas não foi possível.”
Wadson Ribeiro disse que o partido tentou conseguir apoio de outros legendas, mas não teve sucesso. “Incomoda ver Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do Brasil, ter apenas duas candidaturas de maior peso. No Rio, por exemplo, serão cinco ou seis. Tentamos convencer alguns partidos, mas não tivemos sucesso.”
TV
De acordo com ele, as duas legendas vão se coligar na chapa majoritária (governador e senador) e na disputa pelas vagas na Câmara dos Deputados. Para a Assembleia Legislativa o partido vai lançar chapa completa, sem alianças. Uma das exigências da legenda para a aliança foi a manutenção do tempo de televisão do PCdoB no horário para deputado federal. É que a praxe é somar o tempo de todos os partidos coligados e distribuir de maneira igualitária entre as legendas. A estratégia do PCdoB é investir em apenas dois candidatos para a Câmara, Jô e o próprio presidente, para tentar dobrar a bancada. Hoje, a deputada é a única representante mineira da legenda na Câmara. A intenção também é tentar aumentar a bancada estadual, formada atualmente por dois representantes.