O Ministério Público informou que as "medidas cabíveis" serão tomadas. Em nota divulgada nesta sexta-feira, o governo do Distrito Federal disse que na época notícias veiculadas pela mídia tratavam de uma suposta possibilidade de José Dirceu fazer greve de fome. "A inteligência da Sesipe verificou que essas 'notícias' estavam tendo repercussão no presídio, o que poderia causar uma insegurança no sistema prisional", afirmou o governo.
Por esse motivo, a inteligência da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesipe) teria procurado a filha de Dirceu e a convidado para colaborar com a investigação. "A srta. Joana Saragoça manifestou preocupação em ir até o presídio por estar se sentindo insegura. Por isso, a inteligência da Sesipe a levou, em dia e horário de visitas, em carro descaracterizado, para que ela se encontrasse com José Dirceu", justificou o governo. Depois da visita, o governo disse que Joana relatou à inteligência da Sesipe que as notícias eram inverídicas.
Perguntado sobre a visita diferenciada feita pela filha de Dirceu, o ministro do STF Marco Aurélio Mello afirmou hoje que uma prisão é "uma panela de pressão".
Essa não é a primeira vez que José Dirceu envolve-se numa polêmica desde chegou ao complexo penitenciário da Papuda. No início do ano, surgiram suspeitas de que ele teria falado ao celular. No Brasil, os presos são proibidos de usar telefone na cadeia. O caso está sob análise do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa..