A expectativa era de que a disputa por outros dois lotes, os mais próximos de Belo Horizonte, também tivesse resultado ontem. No entanto, os lances ficaram acima do valor previsto pelo Dnit para os projetos. Nova rodada de ofertas está prevista para a segunda-feira pela manhã. À tarde, a presidente Dilma Rousseff (PT) assina em Ipatinga, no Vale do Aço, a ordem de serviço para os sete lotes que já tiveram a concorrência encerrada e estão com os contratos prontos. “Esperamos que a presidente possa ao menos citar na cerimônia o fim de toda a licitação para as obras”, diz o coordenador-geral do Movimento Nova 381 – que reúne empresários que acompanham a evolução do projeto de duplicação da via – , Luciano Araújo, também presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Regional Vale do Aço.
Os dois lotes que passarão por outra rodada de lances na segunda-feira são exatamente os que darão mais trabalho para as empresas vencedoras.
Desde 2012, quando foi lançado o edital para duplicação da BR-381, o cronograma da obra passou por atrasos e cancelamentos. No ano passado, divergências entre o Dnit e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) prejudicaram a concessão da licença ambiental para a duplicação. Com o atrito, o documento só foi liberado pelo Conselho de Política Ambiental (Copam) em fevereiro. A expectativa da presidente Dilma era de que as empresas vencedoras começassem a obra no final do ano passado.
Engarrafamento Ipatinga não foi o primeiro local na escolha para a assinatura da ordem de serviço pela presidente. Dilma, inicialmente, queria que a cerimônia fosse realizada em um dos primeiros canteiros de obra montados para a duplicação, que fica a aproximadamente 30 quilômetros de Belo Horizonte, em Caeté. “Mas houve a ponderação de que haveria um grande engarrafamento na rodovia”, conta o coordenador do Nova 381. Em Ipatinga, a assinatura acontecerá no Parque Ipanema, cortado pela estrada..