Os alunos e professores do curso de pós-graduação em direito processual constitucional promovido pela Escola Superior da Magistratura de Goiás – realizado de junho a novembro de 2013 às sextas-feiras à noite e aos sábados – não podem se queixar. Foram gastos pelo Judiciário goiano R$ 61.084,80 para a compra de vários tipos de pães, recheios (frios, patês e carne), 26 tipos de salgadinhos, biscoitos, refrigerantes e sucos e oito tipos de tortas doces.
No Judiciário, são vários os exemplos de “boa mesa”. O Tribunal de Justiça de Alagoas assinou no ano passado contrato para lanches aos magistrados e integrantes do Tribunal de Júri – que são obrigados a ficar sob os cuidados do Judiciário enquanto durar o julgamento, sem poder voltar para casa. Na lista de alimentos, cheeseburguer, hambúrguer, misto e queijo quente, salada de frutas, sucos e refrigerantes. No TJ mineiro, os magistrados têm direito a biscoitos variados, sucos, achocolatados, iogurte, leite desnatado e integral, queijos, refrigerantes, carne, linguiça, frango e gelatina.
Os cardápios são tão bons que alguns servidores querem o mesmo benefício. É o caso dos funcionários do TJ de Goiás. No último dia 30, o Sindicato dos Servidores e Serventuários da Justiça do Estado de Goiás (Sindjustiça) encaminhou à direção do órgão um documento em que pedem lanche para os funcionários, “assim como ocorre com os magistrados”. Eles já até receberam uma resposta positiva. Foi liberada para os servidores uma merenda diária com pão, leite, café e chá. Bem diferente daquela servido aos 22 desembargadores: sucos, frutas, biscoitos, bolos, croissant, pão de queijo, etc. “Nós nem tivemos a pretensão de pedir o mesmo lanche dos desembargadores, pois sabíamos que aí não íamos ter sucesso.