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Estado de Minas

Torturador morreu vítima de ataque cardíaco, diz laudo

Polícia prendeu nesse fim de semana mais dois envolvidos no roubo ao sítio do coronel reformado. Delegado vai apurar se Paulo Malhães teve o ataque após ser agredido ou pela emoção do momento


postado em 12/05/2014 21:01 / atualizado em 12/05/2014 21:13

Laudo preliminar divulgado nesta segunda-feira pela polícia diz que o tenente-coronel reformado do Exército Paulo Malhães morreu vítima de enfarte. Duas pessoas foram presas e sete armas e outros objetos que pertenciam ao militar foram apreendidos no fim de semana em uma casa em Santa Cruz, zona oeste do Rio. Malhães foi encontrado morto no dia 24 de abril em seu sítio em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) indica que Malhães morreu de ataque cardíaco. A polícia apura se os criminosos agrediram o militar, o que pode ter resultado no enfarte, ou se a parada cardíaca foi causada exclusivamente pela emoção do momento.

A viúva de Malhães reconheceu as armas (uma carabina e seis fuzis), além de munição e talheres. A Polícia Civil não divulgou o nome dos presos “para não atrapalhar as investigações”. Duas pistolas seguem desaparecidas. Semanas antes da morte, o militar admitiu à Comissão da Verdade ter matado e torturado na ditadura militar. Por isso, chegou-se a cogitar um crime de “queima de arquivo”. Para a polícia, porém, a tese de latrocínio foi reforçada pela apreensão do fim de semana.


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