Apesar da declaração, integrantes do comando nacional do PSDB garantem que o tema nunca entrou em pauta na sigla e dizem que consideram "remota" a chance de uma aliança da dupla, que até recentemente disputava espaço dentro do partido. A bancada tucana no Congresso também nega que a tese de uma dobradinha tenha entrado em discussão. "Nunca vi esse assunto ser discutido pela bancada ou pelo Aécio", afirma o deputado Antonio Imbassahy, líder do PSDB na Câmara.
Aécio tratou de esfriar o debate ao chamar na semana passada de "especulações naturais" uma eventual escolha de Serra como companheiro de chapa. O senador mineiro, que também é presidente nacional do PSDB, disse ainda que está acompanhando "pela imprensa" os rumores. A iniciativa de acrescentar o nome de Serra na chapa tucana partiu de aliados do próprio ex-governador de São Paulo. A prioridade do grupo de Aécio, no momento, porém, é tentar garantir o apoio do governista PP - a vaga de vice foi oferecida para a legenda. O plano B é indicar o senador paulista Aloysio Nunes para o posto.
Aécio e Serra têm uma rivalidade antiga, que surgiu quando o ex-governador paulista disputou o Palácio do Planalto nos anos de 2002 e 2010. Aliados de Serra reclamaram que o mineiro não se empenhou no projeto nacional, mantendo o foco apenas no seu projeto mineiro. Os aliados de Alckmin tiveram o mesmo problema em 2006, quando o hoje governador de São Paulo disputou o Planalto. Naquele ano, os tucanos mineiros chegaram a incentivar o voto em Aécio para governador e em Lula para presidente. .