O ex-ministro Fernando Pimentel (PT) e provável candidato petista ao governo de Minas, aproveitou palestra que fez para empresários, em Belo Horizonte, para fazer críticas a administração tucana no estado. Segundo Pimentel, Minas não teve o desempenho que poderia ter. "O sentimento em Minas Gerais é de que Minas ficou aquém do que poderia. Não é uma crítica de dizer que o governo não fez nada, foi tudo horrível. Seria absolutamente injusto se falasse isso", comentou.
O ex-ministro usou como parâmetro a gestão petista no governo federal. Pimentel disse que, "por uma série de motivos, Minas não acompanhou" o crescimento do País e de outros Estados e hoje é responsável pela terceira participação no Produto Interno Bruto (PIB) nacional "distante" do Rio de Janeiro, que ocupa a segunda posição. "Se olharmos a trajetória que o Brasil percorreu nesses 12 anos e outros Estados percorreram, é isso que tenho ouvido muito forte: que Minas ficou para trás. Não é que andou para trás, mas andou menos que outros", disse. "E a nossa taxa de crescimento (mineira) ano passado foi 0,5% e a taxa nacional foi 2,3%", acrescentou.
Apesar das críticas aos adversários do partido, Fernando Pimentel teceu uma série de elogios ao senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB), a quem classificou como "uma pessoa de trato muito fácil". Chegou a dizer que teria manteria uma relação "bastante estreita" com Aécio caso os dois sejam eleitos para os cargos que devem disputar.
Sobre a disputa para o Palácio da Liberdade, Pimentel afirmou que o estado "não tem dono, nem rei, nem imperador" e que o eleitorado mineiro vai escolher o próximo governante "em uma disputa política democrática, dentro do jogo". Ele ainda admitiu que as possíveis irregularidades na Petrobras podem ter efeito sobre sua campanha, mas minimizou os estragos. "Vão fazer as apurações necessárias e o que tiver que ser feito vai ser feito. Nós vivemos um momento no Brasil de lavar roupa suja geral. Vale para todo mundo. O governo federal não teme CPIs. Outros governos a gente já não pode dizer o mesmo, porque evitam, bloqueiam", afirmou, sem citar nomes.