(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

CPI da Petrobras será instalada nesta quarta no Senado

A reunião foi definida depois que o presidente do Senado, Renan Calheiros, indicou os três integrantes da Minoria para integrar a comissão


postado em 14/05/2014 10:11 / atualizado em 14/05/2014 10:20

Depois de muitos adiamentos, a CPI da Petrobras no Senado será instalada nesta quarta-feira. A reunião foi definida depois que o presidente do Senado, Renan Calheiros, indicou os três integrantes da Minoria para integrar a comissão. Foram escolhidos os senadores Cyro Miranda (PSDB-GO), Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Wilder Morais (DEM-GO) como titulares, além de Jayme Campos (DEM-MT) e Vicentinho Alves (SDD-TO) como suplentes.

A indicação pelo presidente se deu porque o PSDB e o DEM %u2015 que defendem uma CPI mista, com deputados e senadores %u2015 não fizeram as indicações para a CPI do Senado. "As bancadas que não indicaram seus integrantes, como todos sabem, são as mesmas que ingressaram na Justiça para que a investigação ocorresse. Por isso, e para que não haja suposições quanto à celeridade das investigações, vejo-me obrigado, nesta hora, a designar o restante dos membros da Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras no Senado ", comunicou Renan.

Apesar de ter seguido o princípio da proporcionalidade, com nomes do PSDB e do DEM, os próprios escolhidos disseram que não pretendem atuar na CPI do Senado. Lúcia Vânia e Wilder Morais chegaram a pedir sua substituição na comissão.
Com a indicação de todos os nomes, o próximo passo, agora, é a instalação da CPI, que deve ser feita na reunião desta quarta-feira. Na reunião, serão escolhidos o presidente e o relator da CPI.

Além dos senadores indicados pelo presidente Renan Calheiros nesta terça-feira, serão titulares na comissão João Alberto Souza (PMDB-MA), Valdir Raupp (PMDB-RO), Vital do Rêgo (PMDB-PB), Ciro Nogueira (PP-PI), José Pimentel (PT-CE), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Humberto Costa (PT-PE), Acir Gurgacz (PDT-RO), Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP) e Gim (PTB-DF). De acordo com declarações dos líderes partidários, Vital deve ser o presidente, com Pimentel na função de relator.

Elogios e críticas

A indicação de Renan foi elogiada por integrantes da base aliada, como Eunício Oliveira (PMDB-CE), líder da Maioria, e Eduardo Braga (PMDB-AM), líder do governo. No entanto, depois de a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) ter felicitado Renan por ter concluído o processo, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) fez questão de lembrar que a CPI do Senado só existe graças à ação da oposição.

"A nossa querida colega Gleisi Hoffmann acaba de se congratular com Vossa Excelência por ter tomado as providências para a instalação de uma CPI cuja existência ela procurou obstaculizar de todas as formas",  disse Aloysio.

A CPI do Senado foi proposta por meio de um requerimento que teve como primeiro signatário o senador Alvaro Dias (PSDB-PR). Em resposta às críticas, o líder do PT, senador Humberto Costa (PT-PE), se disse admirado com a postura da oposição. Segundo ele, num momento em que se apresentaram as condições para a investigação ser feita, a oposição não quis indicar os nomes. "Não há uma intenção efetiva de investigar. Há, na verdade, um desejo de transformar a CPI no palco de uma disputa político-eleitoral. É isso que deseja a oposição, é isso o que quer a oposição",  disse Costa.

Mário Couto rebateu as declarações e questionou se os senadores são proibidos de investigar o governo em período eleitoral. Aécio Neves (PSDB-MG) e Alvaro Dias também criticaram a postura do governo. Enquanto Alvaro apontou uma intenção de adiar os trabalhos para “embaralhar as cartas” em período de Copa Aécio, afirmou que todos sabem como agiram governo e oposição no processo. Para ele, não faz sentido priorizar uma CPI só com senadores sendo que a investigação pode ter a participação dos deputados.

Goiás

Outro fato que gerou críticas da oposição foi a indicação, pelo presidente, dos três representantes de Goiás como titulares da CPI. "Quero dizer que considero um desrespeito, uma desconsideração com o estado de Goiás a indicação dos três nomes",  afirmou Lúcia Vânia, ao pedir a retirada do seu nome, o que seria feito mais tarde por Renan Calheiros.

Wilder Morais, que também pediu para ser substituído, afirmou que não pretendia "perder tempo" com a CPI do Senado e lembrou que já foi indicado para integrar a CPI mista, que considera mais adequada para investigar a fundo as denúncias envolvendo a Petrobras.

José Agripino (DEM-RN) classificou a indicação dos três representantes de Goiás como uma “coincidência curiosa” e afirmou que seu partido continuará lutando pela CPI mista.
"Eu gostaria de dizer a Vossa Excelência e à Casa que o meu partido tem uma decisão tomada: não vai gastar energia nenhuma na CPI do Senado", disse Agripino.

O prazo para que os líderes apresentem os nomes dos integrantes da CPI Mista termina nesta quarta-feira. A base do governo, no entanto, ainda não fez todas as indicações. Caso isso não ocorra até esta quarta-feira, abre-se o prazo de mais três sessões da Câmara para que o presidente Renan Calheiros faça as indicações, assim como aconteceu no Senado.

Com Agência Senado


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)