O deputado federal André Vargas (sem partido-PR) reassumiu nesta quarta-feira, 14, seu mandato parlamentar na Câmara. Ele havia pedido licença de 60 dias em 7 de abril, após virem a público denúncias de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, investigado pela Polícia Federal e preso desde março. Depois de ter sua ligação com Youssef revelada, Vargas renunciou ao cargo de vice-presidente da Câmara e se desfiliou do PT. O deputado responde a um processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Casa.
Conversas grampeadas pela Polícia e divulgadas pela imprensa também dão conta de que o deputado intercedeu em favor de uma das empresas de fachada de Youssef, a Labogen, em contratos com o Ministério da Saúde. Nas conversas, o doleiro diz que o contrato da Labogen garantiria a “independência financeira” dos dois.
O deputado foi notificado nessa terça-feira, por meio do Diário Oficial, pelo Conselho de Ética sobre o processo aberto contra ele e terá até dez dias úteis para apresentar a sua defesa por escrito. O deputado pode perder o mandato se o Plenário assim decidir.
Vargas anunciou a saída do PT, mas ainda não comunicou a mudança à Mesa da Câmara.
Com agências