Também pontuaram que com o foco na eleição nacional o PMDB pode diminuir sua bancada federal nas eleições deste ano, o que diminui o peso do partido no próximo governo. "A maioria (do PMDB) do Rio de Janeiro é contra a aliança nacional. O PMDB participa do governo com cinco ou seis minutos do tempo de televisão, mas não apita nada na construção de políticas públicas do país", resumiu um dos porta-vozes dos insatisfeitos, o deputado federal Leonardo Picciani (RJ).
Para aplacar os oponentes da reedição da aliança, Michel Temer chegou à reunião com o apoio declarado dos diretórios de Minas Gerais e de São Paulo. A ideia era passar uma demonstração de força e tentar pedir, com isso, a união do partido em torno do projeto nacional.
O vice-presidente não falou com a imprensa ao deixar o evento, mas segundo relatos de peemedebistas ele afirmou aos presentes que apoiaria nos Estados até mesmo os candidatos que fossem contra a parceria. A tese da ala encabeçada por Temer é que nos Estados o PMDB deve estar livre para compor os acordos da forma que achar melhor, mas preservando o apoio à aliança PT-PMDB.
Defensores da reedição da chapa com Dilma e Temer argumentaram também que o PMDB tem participação importante no governo, lembrando que o partido controla as presidências da Câmara e do Senado, ministérios e a própria vice-presidência. Além do mais, garantiram que na convenção do partido em junho a sigla não deve romper com o PT.