Vereadores da bancada de oposição ao governo do prefeito Marcio Lacerda (PSB) estudam a instalação de uma CPI do Transporte Metropolitano de Belo Horizonte. Os parlamentares querem investigar supostas irregularidades na concessão pública para gerenciar o transporte de ônibus na capital. A criação de uma CPI foi debatida nesta quinta-feira, durante audiência pública na Câmara de BH, convocada para discutir o preço da passagem de ônibus, reajustado em 7,5% no último dia 10 .
O vereador Adriano Ventura (PT) lembrou que a empresa de consultoria Ernst & Young foi contratada pela Prefeitura de Belo Horizonte para auditar os contratos da empresas de ônibus, por meio da BHTrans. “A própria empresa (Ernst & Young) admitiu aqui (na audiência) que não teve acesso a todos os documentos”, destacou Ventura.
Segundo o vereador, ainda é preciso investigar por que as empresas de ônibus sacaram R$ 50 milhões de um fundo para gerenciar o transporte na capital. “Queremos entender isso, já que o Ministério Público considerou o saque ilegal e que só pode ser feito no final do contrato, o que não aconteceu”, explicou o vereador.
A audiência pública foi convocada pela oposição na Câmara, composta por vereadores do PT e PCdoB. Os partidos têm sete parlamentares, ou seja, metade das assinaturas necessárias para a instalação da CPI. Participaram do encontro representantes da BHTrans, Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), do Movimento Tarifa Zero e do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Belo Horizonte (STTR-BH)..