Apesar de afirmar que contam com o apoio de 250 filiados do PMDB para a tese da candidatura própria em Minas, apenas cinco integrantes do partido compareceram ao ato na sede do partido, nesta quinta-feira, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Os peemedebistas assinaram um manifesto para ser entregue à cúpula estadual da legenda. No documento, eles relembram a história do partido e algumas de suas lideranças, além de conclamar os militantes e, principalmente, os delegados com poder de voto nas convenções a votarem na candidatura própria.
De acordo com o grupo, cerca de 200 delegados - de um total de aproximadamente 700 -, seriam simpáticos à causa. Daí, segundo eles, a necessidade de convocar os outros a aderir ao movimento. “O rosto do PMDB, marcado pela luta pela democracia e pela liberdade, pode ser de novo a cara de Minas. Vamos juntos à convenção estadual votar pela candidatura própria”, afirma o texto do manifesto.
Segundo o presidente da fundação Ulysses Guimarães, Itamar de Oliveira, o ato desta quinta-feira tem caráter simbólico. “Esse é um ato mais de caráter simbólico, para sinalizar que o PMDB quer oferecer uma oportunidade de Minas ter uma terceira opção”, considerou.
Apoio nacional
O movimento de hoje é uma reação ao ato pela candidatura própria, feito pelo presidente do PMDB de Minas, deputado Antonio Andrade. Nessa quarta-feira, Andrade entregou a Temer documento assinado por todos os convencionais do partido nos quais os signatários advogam pela manutenção do acordo com a chapa da presidente Dilma Rousseff.
O ato foi realizado no gabinete da presidência do PMDB na Câmara. Com a antecipação do apoio, Temer, que também é presidente licenciado do PMDB, visa demonstrar que a legenda está construindo unidade em torno da reedição da aliança. De quebra, também passa um recado às alas do partido que têm questionado o acordo com os petistas, como é o caso de parte da bancada peemedebista da Câmara.