O pré-candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB) negou ter sido ele que postou e retirou a foto em que aparece com a família em um jatinho vindo para a São Paulo, em sua página no Facebook. "Eu nem coloquei nem retirei a foto. Eu estava viajando para cá, a gente tinha feito uma foto para mandar para os meus filhos, que queriam saber do irmão que está nos acompanhando e tem três meses", disse a jornalistas.
Campos responsabilizou sua assessoria pela ação: "A assessoria mandou aquela foto para ser publicada nas redes. E ela mesmo quando viu que não era o caso, tirou." Ele evitou responder diretamente se a atitude foi um erro, mas afirmou que se tivesse sido consultado teria orientado uma postura diferente. Se eu tivesse sido consultado, eu deixaria a foto. "Se eu fosse consultado antes, não teria deixado colocar a foto, porque ela foi tirada com outra finalidade", disse o ex-governador.
Campos foi criticado nesta quinta-feira, 15, por seu perfil ter retirado a foto após internautas comentarem que ele estaria vindo para São Paulo e deixando seu Estado, Pernambuco, em um momento crítico por causa da greve da Polícia Militar. Em meio à onda de violência, hoje o comércio fechou as portas no Recife. Tropas do Exército reforçam a segurança no Estado.
Campos repetiu ainda a mensagem de "preocupação" com a situação de Pernambuco e disse estar acompanhando as ações do atual governador João Lyra (PSB). Questionado sobre o porquê da situação no Estado que governou pelos últimos 7 anos, o pré-candidato minimizou o problema. "Esse tipo de movimento já aconteceu em vários Estados do Brasil", disse. E afirmou esperar que, com diálogo, Pernambuco volte ao "caminho de respeito à lei e de respeito à paz". "Acho que isso está sendo buscado pelo Poder Executivo, pelo Legislativo, pelo próprio Poder Judiciário e pelo governo federal".