A primeira dessas reuniões ocorreu ainda na manhã da quarta, depois que a Justiça decretou a ilegalidade do movimento. Como naquele momento o governo havia fechado o canal de negociações por conta da decisão, coube aos deputados o trabalho de mediar o debate. A reunião aconteceu no gabinete do presidente da Casa, Gulherme Uchôa. “A pauta foi aprovada, excetuando-se a questão do aumento salarial, por conta da legislação eleitoral. Mas, como os ânimos estavam acirrados, a proposta só foi levada à tropa hoje (ontem)”, explicou o deputado Alberto Feitosa.
Quando o resultado das negociações chegou aos policiais, um fato denunciou falta de timing do governo. No momento em que a tumultuada assembleia que encerrou a greve acontecia em frente ao Palácio do Campo das Princesas, o governador João Lyra, acompanhado do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, concedia entrevista coletiva a pouco mais de 1 km dali, na Secretaria de Planejamento e Gestão.
O secretário da Casa Civil, Luciano Vasquez, informou que o dia de hoje será decisivo para definir as medidas que serão tomadas. “Por enquanto, a Força Nacional continuará aqui. Vamos aguardar para ter a certeza do fim da greve”. O ex-governador Eduardo Campos divulgou nota dizendo que estava acompanhando com preocupação o que ocorria e que esperava uma solução pacífica. “A hora agora é de bom senso, de lutarmos juntos por melhores salários, sem deixar a sociedade pernambucana no medo e na insegurança”.
Imagem no exterior
Em menos de 15 dias, Pernambuco teve sua imagem “vendida” negativamente em páginas de jornais e de sites de diversos países devido a episódios que ocorreram no estado. Tanto no caso do vaso sanitário arremessado de dentro do estádio do Arruda, que resultou na morte de um torcedor, após uma partida de futebol entre Santa Cruz e Paraná, quanto na greve da Polícia Militar, onde a cenas de saques ultrapassaram as divisas do estado, Pernambuco foi lembrado com uma das cidades-sede da Copa do Mundo..