O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República Gilberto Carvalho disse que "o clima está mudando" à medida em que se aproxima a Copa do Mundo e as obras previstas para o evento passam a ser entregues e vistas pela população. "Dizia-se que ia ser um caos, não vai", afirmou em breve entrevista coletiva durante o Fórum Regional Ideias Para o Brasil, da Fundação Perseu Abramo.
Segundo o ministro, ficará para trás "aquela história de o Brasil vira-lata, que não consegue fazer as coisas, que está tudo uma desgraça". Carvalho considera que os estádios "já estão praticamente prontos" e que "muitas obras estão sendo entregues até o dia 30 (de maio)". Ele citou o caso de Brasília, onde a recente entrega do acesso ao aeroporto "mudou o clima na cidade".
Muitas mentiras serão esclarecidas nas próximas semanas, afirmou ele, o que também deve contribuir para o "novo clima". Segundo o ministro, é o caso da transferência de pessoas que viviam em áreas ocupadas pelas obras. "Dizia-se que seriam removidas 250 mil pessoas, não passam de nove mil", destacou.
Mesmo que preveja um clima mais positivo para a Copa do Mundo, Carvalho admite que o governo não pode subestimar, "de jeito nenhum", as manifestações que podem ocorrer e seu potencial.
Ao avaliar as mobilização de quinta-feira em diversas cidades do País, Carvalho afirmou que elas "foram muito aquém do que muita gente previa, sobretudo as manifestações antiCopa". Para o ministro as mobilizações foram "setorizadas", de movimentos como os de luta pela moradia, pelo transporte ou de grevistas como funcionários de universidades, policiais militares e motoristas. Carvalho admitiu que no Rio de Janeiro e São Paulo os protestos estiveram mais vinculados à Copa e lamentou que tenham ocorrido atos de violência.
Pedido de mobilização
O ministro também " que o PT e sua militância se engajem na luta pela reforma política. "Uma das medidas dela (da reforma política) é de salvação de nosso partido, que é o fim do financiamento privado empresarial de campanha e a introdução da lista coletiva", destacou. "Não vejo saída para nosso partido se não conseguirmos reverter esse processo", prosseguiu, referindo-se à manutenção do sistema atual, com doações privadas e voto nominal para o parlamento.
"Esse processo é tão importante que a (presidente) Dilma (Rousseff) disse aos jovens, esses dias, em Brasília, que para realizá-lo temos de fazer um processo semelhante ao das diretas", relatou, comparando a necessidade de mobilização popular pela reforma como a que houve em 1984 pela eleição à presidência da República. Prevendo que "a resistência será tremenda", justificou sua posição ao afirmar que "tão forte quanto a resistência à questão da democratização dos meios de comunicação é a (resistência à) reforma de um sistema que, se sabe, tem consciência do poder que tem e do risco que tem em abrir mão desse critério econômico para a eleição".
Ao analisar a trajetória do PT no governo, Carvalho reconheceu que o partido e os movimentos sociais foram se adaptando ao aparelho do Estado. "É verdade que inoculamos o novo no velho, mas o velho também se inoculou dentro de nós de maneira duríssima, cada vez mais perceptível e mais presente", afirmou, apontando o "verticalismo e o distanciamento" como traços adquiridos no poder. "E junto com isso, dentro da lógica do aparelho, a eleição financiada, pelos custos que ela demanda, funcionou infelizmente como terrível elemento de indução progressiva à corrupção".
Para Carvalho, o PT está diante da necessidade de romper com o "ar condicionado" e passar a conviver com os novos movimentos populares para não abrir mão de seu papel histórico. "Temos de romper com a paralisia retomando o velho e bom método da convivência na luta e reflexão nessa luta", propôs.
Segundo o ministro, ficará para trás "aquela história de o Brasil vira-lata, que não consegue fazer as coisas, que está tudo uma desgraça". Carvalho considera que os estádios "já estão praticamente prontos" e que "muitas obras estão sendo entregues até o dia 30 (de maio)". Ele citou o caso de Brasília, onde a recente entrega do acesso ao aeroporto "mudou o clima na cidade".
Muitas mentiras serão esclarecidas nas próximas semanas, afirmou ele, o que também deve contribuir para o "novo clima". Segundo o ministro, é o caso da transferência de pessoas que viviam em áreas ocupadas pelas obras. "Dizia-se que seriam removidas 250 mil pessoas, não passam de nove mil", destacou.
Mesmo que preveja um clima mais positivo para a Copa do Mundo, Carvalho admite que o governo não pode subestimar, "de jeito nenhum", as manifestações que podem ocorrer e seu potencial.
Ao avaliar as mobilização de quinta-feira em diversas cidades do País, Carvalho afirmou que elas "foram muito aquém do que muita gente previa, sobretudo as manifestações antiCopa". Para o ministro as mobilizações foram "setorizadas", de movimentos como os de luta pela moradia, pelo transporte ou de grevistas como funcionários de universidades, policiais militares e motoristas. Carvalho admitiu que no Rio de Janeiro e São Paulo os protestos estiveram mais vinculados à Copa e lamentou que tenham ocorrido atos de violência.
Pedido de mobilização
O ministro também " que o PT e sua militância se engajem na luta pela reforma política. "Uma das medidas dela (da reforma política) é de salvação de nosso partido, que é o fim do financiamento privado empresarial de campanha e a introdução da lista coletiva", destacou. "Não vejo saída para nosso partido se não conseguirmos reverter esse processo", prosseguiu, referindo-se à manutenção do sistema atual, com doações privadas e voto nominal para o parlamento.
"Esse processo é tão importante que a (presidente) Dilma (Rousseff) disse aos jovens, esses dias, em Brasília, que para realizá-lo temos de fazer um processo semelhante ao das diretas", relatou, comparando a necessidade de mobilização popular pela reforma como a que houve em 1984 pela eleição à presidência da República. Prevendo que "a resistência será tremenda", justificou sua posição ao afirmar que "tão forte quanto a resistência à questão da democratização dos meios de comunicação é a (resistência à) reforma de um sistema que, se sabe, tem consciência do poder que tem e do risco que tem em abrir mão desse critério econômico para a eleição".
Ao analisar a trajetória do PT no governo, Carvalho reconheceu que o partido e os movimentos sociais foram se adaptando ao aparelho do Estado. "É verdade que inoculamos o novo no velho, mas o velho também se inoculou dentro de nós de maneira duríssima, cada vez mais perceptível e mais presente", afirmou, apontando o "verticalismo e o distanciamento" como traços adquiridos no poder. "E junto com isso, dentro da lógica do aparelho, a eleição financiada, pelos custos que ela demanda, funcionou infelizmente como terrível elemento de indução progressiva à corrupção".
Para Carvalho, o PT está diante da necessidade de romper com o "ar condicionado" e passar a conviver com os novos movimentos populares para não abrir mão de seu papel histórico. "Temos de romper com a paralisia retomando o velho e bom método da convivência na luta e reflexão nessa luta", propôs.