“No caso de Minas Gerais eu defendo a candidatura própria e o nome de Apolo”, afirmou Marina, que participou ontem em Brasília do 1º Congresso da Rede Sustentabilidade. Segundo ela, o partido precisa ter o maior número possível de candidatos no estado para dar suporte à campanha nacional.
A candidata a vice negou que haja em curso um acordo para que a Rede aceite uma composição com o PSDB em São Paulo em troca da aprovação do nome de Apolo em Minas. Esse acordo garantiria para Campos maior visibilidade em São Paulo e em Minas Gerais, estados onde o candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves, leva vantagem em relação ao ex-governador de Pernambuco. Em São Paulo, o PSB quer lançar o presidente da legenda no estado, deputado federal Márcio França, como candidato a vice do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que disputa a reeleição. No entanto a Rede no estado é contra essa aliança.
Marina garante que em São Paulo já é vitoriosa a tese da candidatura própria e que o partido está discutindo nomes, inclusive com o PPS, que quer lançar o vereador Ricardo Young. A Rede defende o nome do ambientalista João Paulo Capobianco. A ex-senadora disse que as discussões sobre quem serão os candidatos estão em curso e serão definidos até julho, prazo final das convenções. Segundo ela, já estão acertados candidatos próprios em 14 estados. O encontro de ontem não tratou de questões dos estados e sim de um plano geral para a campanha.
Os nomes dos Delgado – pai e filho – não contam com a simpatia dos integrantes da Rede em Minas, que apelidaram as duas candidaturas de laranjas, e nem com o apoio de algumas lideranças do PSB, que defendem o nome de Apolo. Do outro lado, parte do PSB também não quer que o candidato seja Apolo, por isso lançaram o nome de Júlio Delgado. Caso não haja acordo, o candidato vai ser escolhido em convenção. Um pedido para que seja criada uma comissão para estabelecer as regras da convenção já foi protocolado pela Rede na direção do PSB mineiro.
Diferenças Marina disse de novo que o PSB não aceita ser tratado como linha auxiliar da candidatura de Aécio e que o primeiro turno das eleições vai deixar bem claro para os eleitores as diferenças entre as duas propostas. Para ela, a polarização entre o PT e o PSDB acaba por “fulanizar” as conquistas recentes do país.
Mesmo sem ser um partido formal, a Rede se reúne neste fim de semana em Brasília para discutir a conjuntura e tática eleitoral para 2014, além da política de organização nacional e a estrutura da Rede. A legenda também irá escolher os membros do diretório nacional, Executiva e da Comissão de Ética..