"O Aécio é mais próximo da gente, conhecemos bem o posicionamento dele. Precisamos conhecer melhor os outros candidatos (para decidir qual apoiar). Falta entender melhor as propostas do Eduardo Campos e as propostas da presidente Dilma para um segundo mandato”, diz disse o o presidente da Associação Brasileira dos Criados de Zebu (ABCZ), Luiz Carlos Paranhos.
Paranhos diz que o setor gostou do que ouviu de Campos, mas mantém desconfianças quanto sua companheira de chapa, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva. "Campos começou a aparecer como uma pessoa competente, mas é muito questionado sobre a vice dele.”
Marina, ligada a organizações ambientais que confrontam o agronegócio, é apontada também pela Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat) como a pedra no sapato de Campos. O presidente da Acrimat, José João Bernardes, afirma que a ex-senadora tem "uma visão muito limitada” do agronegócio e teria criado "embaraços burocráticos que não estavam na lei” quando ministra do Meio Ambiente. "Temos a expectativa de que mude a política do governo para o agronegócio e isso significa que é preciso mudar de presidente.”
Preferido
O pecuarista mato-grossense, Estado com o maior rebanho do País, com cerca de 28,5 milhões de cabeças de gado, coloca Aécio como potencial candidato da pecuária e avalia que Campos precisa se apresentar melhor para ganhar confiança.
"Eu diria que o Aécio talvez seja o candidato da pecuária por ter mais sensibilidade para a produção”, diz o presidente da Acrimat. "Não conheço o Eduardo Campos e acho que ainda falta tempo para ele se tornar conhecido.” .