O pai de Júlio Delgado, Tarcísio Delgado, cujo nome chegou a ser ventilado para a disputa, deverá concorrer a vaga de deputado federal no lugar do filho. Segundo o deputado, que preside o PSB mineiro e defendia uma aliança no estado com o PSDB, não houve ainda deliberação formal, mas ele admite que “há um sentimento maior pela candidatura própria dentro do partido”. Ele disse estar disposto “a sair da zona de conforto para ir para a luta” e participar da disputa.
A decisão do PSB mineiro de ter candidato próprio é vista pelos tucanos como um rompimento de um acordo que teria sido selado entre Eduardo Campos e Aécio Neves (PSDB) para que nenhuma das duas legendas lançasse candidato próprio aos governos estaduais nas bases do adversário. Questionado ontem sobre essa possível quebra de acordo, Aécio foi enfático.
Apolo Heringer acredita que pode ser o candidato do PSB e cobra uma definição rápida do partido. Segundo ele, se não houver consenso, a disputa terá de ser decidida em convenção. Ligado à Rede, partido fundado por Marina Silva, candidata a vice de Eduardo Campos, que está abrigado no PSB, Apolo acredita que sua candidatura vai preencher o vazio deixado pela proximidade entre PT e PSDB.
Um dos defensores da candidatura própria na reunião de ontem foi o vereador de Belo Horizonte Daniel Nepomuceno. Segundo ele, os partidos estão andando com suas campanhas e o PSB “está parado, sem sair do lugar, queimando nomes do partido que a cada momento são lançados para um determinado cargo. Teremos candidatura própria e eu vou trabalhar o nome do Apolo”, defendeu. Segundo ele, ainda essa semana serão feitas consultas a outros dirigentes da legenda e depois uma nova reunião.
O vice-presidente da legenda no estado, Mario Assad, disse que a candidatura própria ganhou força e já é majoritária dentro da legenda. Segundo ele, apesar de a reunião de ontem não ter sido deliberativa, já foi praticamente decidido que o partido vai ter candidato próprio..