O apoio a Dilma, porém, enfrenta resistências internas nas legendas. Após o encontro no Palácio do Planalto, Nascimento disse que, se "tivesse que tomar a decisão pelo partido", decidiria pelo apoio à reeleição. "Mas quem decide é a convenção", ressalvou, reconhecendo que existe uma grande divisão interna no PR. "O partido está totalmente indefinido. Tem uma dissidência muito forte.
Apesar de ser da base do governo federal e ocupar o Ministério dos Transportes, com César Borges, uma parte do PR, capitaneada pelo líder do partido na Câmara, Bernardo Vasconcellos (MG), divulgou no fim de abril um manifesto - apoiado por 20 dos 32 deputados federais - defendendo a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Antes do encontro com Dilma, o presidente do PRB, Marcos Pereira, afirmou que o partido deve apoiar formalmente a reeleição, mas também ponderou que a decisão só será tomada na convenção nacional. O problema, segundo ele, se concentra nas coligações com o PT para cargos proporcionais nos Estados. Conforme Pereira, as pesquisas "não vão influenciar" a decisão da sigla. "É um retrato momentâneo e temporário e ela (Dilma) já estancou a queda", disse.
Meirelles
Ontem, em Belo Horizonte, o pré-candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG), admitiu a possibilidade de "conversar" com o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles (PSD) sobre a vaga de vice na sua futura chapa. Mas, segundo Aécio, essa negociação só vai ocorrer caso o PSD de Meirelles deixe a base do governo federal.
O ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa e vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD), porém, foi categórico ao afirmar que Meirelles, seu correligionário, não integrará a chapa majoritária de Aécio. "Temos um compromisso a nível nacional já firmado com a presidente Dilma", disse. "Não existe a hipótese de Meirelles ser vice de Aécio." (Colaborou Elizabeth Lopes). .