São Paulo - O advogado Antonio Bastos Figueiredo, que representa o doleiro Alberto Youssef, classificou nessa terça-feira como "surpreendente" a mudança de posição do ministro Teori Zavascki e disse que vai recorrer ao plenário do Supremo Tribunal Federal. O alvo da defesa do doleiro é o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato. "( Yousseff) Sente-se profundamente perseguido. Vamos tentar tirar o Moro do processo, caso contrário ele já está condenado", afirmou Figueiredo.
Às 20hs58 dessa segunda-feira (19), assessores do Supremo enviaram, por meio de um malote a digital, o novo despacho de Zavascki para o responsável pelo plantão no Tribunal Regional Federal em Curitiba, mas o documento não chegou por problemas técnicos. Enquanto isso, os advogados dos réus tentavam, aflitos, abrir o arquivo. Se conseguissem, eles poderiam pedir ao responsável pelo plantão judiciário que acelerasse a liberação do grupo.
Marden Maués, advogado de Nelma, disse que sua cliente desmaiou e vomitou sangue na carceragem da PF. A doleira chegou a ser examinada por um médico de confiança na sede da PF. Em março, Nelma foi presa tentando embarcar para Milão com 200 mil euros dentro da roupa. "Ela ia para a Itália para comprar móveis para sua loja de decoração. Tinha pago passagem de ida e volta", afirmou o advogado. Já um dos advogados de Paulo Roberto Costa, Fernando Fernandes, por sua vez, classificou como uma "arbitrariedade" a prisão do cliente. "Ele sequer devia ter sido preso. Nenhum dos atos imputados ao meu cliente teria sido praticado no Paraná. O juiz não possui jurisdição sobre o caso."