"Eu vi o que o PT dizia do Sarney. E hoje, o Sarney está lá. Do Collor, o Collor está lá. Do Renan, o Renan está lá. Do Maluf, o Maluf está lá. E cada vez mais poderosos, mandando e tirando as forças que poderiam efetivamente levar o governo à preocupação com rumo certo", disse Campos, acrescentando: "A gente tem o direito de errar. Só não tem o direito de permanecer no erro quando constata que está errado.
No final da manhã, Campos cumpriu agenda política em Campina Grande, o segundo maior colégio eleitoral da Paraíba e forte reduto do PSDB. E não amenizou as críticas ao governo federal, falando da falta de investimentos na segurança. Disse que, como governador de Pernambuco, ele tirou Recife do primeiro lugar no ranking da violência no País em menos de sete anos. Afirmou que o governador João Lyra Neto enfrentou a primeira greve na PM e resolveu o problema em 24 horas.
Em João Pessoa, ele disse que o Brasil precisa de mudanças e olhar para o futuro. "Vamos conciliar a boa governança da economia, contendo a inflação e botando o Brasil para crescer", afirmou. O presidenciável disse que, por outro lado, se eleito, vai preservar programas sociais como o Bolsa Família e ampliar a escola em tempo integral e a qualificação profissional. "Temos que cuidar das desigualdades. O Brasil tem desigualdades muito fortes e o Nordeste as conhece de perto", declarou.
Segundo Campos, falta ao Brasil um rumo estratégico e diálogo federativo. "Álertamos que falta ao Brasil um rumo estratégico e diálogo federativo. A presidenta retirou os recursos do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e do FPE (Fundo de Participação dos Estados), que atinge os municípios e Estados nordestinos e da região Norte. Os municípios tinham 14% de tudo o que se arrecada no País. Hoje, só têm 11%", disse.
Ele responsabilizou a presidente Dilma pela redução do efetivo da Polícia Federal em 3 mil homens, deixando as fronteiras do País livres para a entrada de drogas.