Com isso, Pizzolato, condenado no processo do mensalão, ficará preso pelo menos até a audiência, no dia 5.
Antes da resolução, os advogados do ex-diretor do BB consideram que não existe risco de fuga do cliente e indicaram que estão dispostos até mesmo que ele permaneça em prisão domiciliar, com o controle de um bracelete. Essa foi a posição que Pizzolato já tinha adotado num primeiro julgamento, em fevereiro, no Tribunal de Recurso de Bolonha. Mas, naquela ocasião, a Justiça apontou que existia o risco de fuga e, para completar, o Tribunal de Recurso não tinha naquele momento pulseiras disposição.
A apelação apresentada pela defesa fez com que o caso fosse enviado para a capital. Na hipótese de uma determinação favorável à soltura de Pizzolato, porém, advogados envolvidos no processo afirmaram que isso não significaria que ele seria solto no mesmo momento da sentença. O caso voltaria para Bolonha, que, então, decretaria a liberdade de Pizzolato.
Para tentar evitar a extradição ao Brasil, os advogados ainda insistirão na tese de que as condições dos cárceres brasileiros não atendem aos princípios básicos de Direitos Humanos. A reportagem revelou com exclusividade que o Ministério Público da Itália já deu o parecer favorável à entrega de Pizzolato e que considera que a situação dos presídios no Brasil não é motivo para não devolvê-lo ao País.