Em conversas esta semana na sede do Instituto Lula, em São Paulo, o ex-presidente reconheceu que nem mesmo os setores de inteligência do governo conseguem precisar o tamanho ou os desdobramentos das manifestações de rua na Copa. “Ele está visivelmente tenso e ansioso”, admitiu um interlocutor.
Oficialmente, entretanto, Lula tem mantido um discurso otimista. Na semana passada, em mais um encontro com blogueiros, o ex-presidente afirmou ser uma “babaquice” as pessoas cobrarem metrô até os estádios de futebol. A exemplo da presidente Dilma Rousseff, Lula aposta que a paixão do brasileiro pelo futebol vai abafar eventuais críticas ao Mundial.
Caos
As recentes cenas de violência, no entanto, especialmente decorrentes das greves de policiais e de outros agentes públicos, tiram o sono do ex-presidente. Na semana passada, por exemplo, Recife virou um caos após dois dias de paralisação da Polícia Militar. Nos últimos dois dias, os moradores de São Paulo sofreram transtorno com a greve dos rodoviários.
Como o Correio adiantou nessa quarta-feira, o Planalto não vai tolerar paralisações das forças de segurança, especialmente durante a Copa, e aposta na Força Nacional para contornar eventuais problemas..