Jornal Estado de Minas

Militantes do PMDB e PSB se unem para defender candidatura própria em Minas

Os partidários da tese esperam conseguir reverter a decisão de se coligar, defendida pelas executivas estaduais

Marcelo Ernesto Juliana Cipriani
Encontro reuniu peemedebistas e socialistas em ato na sede do PMDB na capital - Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press

A tese da candidatura própria defendida por militantes do PMDB teve o reforço nesta quinta-feira de integrantes do PSB. Em ato na sede peemedebista, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, os rivais na disputa resolveram juntar forças, pelo menos neste momento antes da definição dos candidatos que concorrerão. Os participantes afirmaram que o ato é pela democracia interna dos partidos. Em coro, socialistas e peemedebistas disseram que a concentração da disputa entre PT, com Fernando Pimentel, e o PSDB de Pimenta da Veiga, enterram a eleição em dois turnos.

Para o diretor do Instituto Ulysses Guimarães, Itamar de Oliveira, a participação do PSB no ato de hoje não representa uma aliança momentânea e com interesses específicos. “Sempre tivemos excelente diálogo com o PSB. Não estamos falando em aliança, mas fazendo um ato público pela democracia nos partidos”, disse, e acrescentou: “esse movimento só tende a crescer”. Na semana passada, os peemedebistas assinaram um manifesto relembrando a história do partido e algumas de suas lideranças, além de conclamar os militantes e, principalmente, os delegados com poder de voto nas convenções a optarem pela candidatura própria.
Apesar de não participar do ato de hoje, o nome do deputado federal, Leonardo Quintão (PMDB), seria a opção do partido para a disputa.

Capitaneando os socialistas - que estavam em maior número -, o médico e ambientalista Apolo Heringer, que também presidente o Rede em Minas, reforçou a ideia de candidatura própria. No início desta semana, a direção da legenda se reuniu em Belo Horizonte e decidiu que o partido vai mesmo participar da disputa pelo Palácio Tiradentes. Henriger já registrou sua pré-candidatura no partido, mas quem deve levar a melhor é o deputado federal Júlio Delgado, que conta com o apoio do ex-governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos. Mas, para Apolo, o dele seria a aposta natural. “Se tem uma tese vitoriosa, não tem sentido colocar o candidato da tese derrotada”, disse, se referindo a Delgado e era contrário a tese e chegou a declarar apoio a chapa tucana.

Os peemedebistas estão preparando para as próximas semanas mais agendas positivas para a tese da candidatura própria. Segundo alguns defensores da tese, a ideia tem sido “muito bem recebida” dentro do partido o que pode levar a “surpresas” durante a convenção da legenda, marcada para o próximo mês. .