Logo depois, por meio de uma nota, Aécio disse que era "lamentável" ver um ministro de Estado utilizar a função para atuar como militante. "As grosserias do ministro, por maiores que sejam, são insuficientes para esconder a realidade do abandono da segurança pública pelo governo federal e revelam a ausência de argumentos de um governo que se especializou em transferir responsabilidades", afirmou o tucano. "É triste vermos quão desinformado o ministro da Justiça encontra-se, não apenas sobre meu trabalho como senador, mas sobre o do meu partido no Congresso Nacional."
Aécio disse que o ministro omite que o governo federal participa com apenas 13% dos gastos em segurança pública. "Poderia ter explicado, por exemplo, a pífia execução orçamentária da área e dos fundos de segurança e penitenciário durante seu período como ministro", reagiu. "O Fundo Penitenciário pagou apenas 11% dos recursos nos últimos três anos."
Tanto Cardozo quanto Aécio são criticados por entidades da área de segurança pública.
Por sua vez, Cardozo faz malabarismo para responder perguntas sobre o aumento da criminalidade no País. Em 2012, o número de homicídios no Brasil aumentou 7,6% em relação ao ano anterior, mais que em Minas Gerais e menos que em Belo Horizonte. O número de brasileiros vítimas de homicídio ultrapassou 50 mil. O ministro também se esforça para explicar problemas de superlotação de presídios, violações de direitos humanos em delegacias e ineficácia de programas federais de capacitação das polícias. Na onda de protestos de rua em junho e julho do ano passado, o governo federal e os governos estaduais, especialmente os de São Paulo, Minas, governados pelo PSDB, e Rio de Janeiro, pelo PMDB, sofreram duras críticas pelo despreparo das tropas..