Consola, como é conhecida eleitoralmente, não foi localizada pela reportagem para comentar as disputas, mas em nota afirma que sua candidatura ao governo do estado foi rejeitada porque ela defende a candidatura do advogado Renato Roseno (CE) para a Presidência. Segundo o texto, uma pequena maioria de delegados estabelecia como condição para apoiar sua candidatura a adesão incondicional à pré-candidatura de Randolfe. “Como ao longo da vida nunca nos submetemos à chantagem, aos 45 minutos do segundo tempo arrumaram outro candidato, que naturalmente aceitou as condições impostas”, diz a nota. Consola afirma ainda que essa decisão inviabiliza a frente de esquerda que vinha sendo discutida entre PSTU, PSOL e PCB para a disputa pelo governo de Minas e que a teria como candidata.
O presidente do PSOL em Minas, Carlos Campos, defende o nome de Consola. Segundo ele, uma candidatura de Fidélis não unifica o partido nem a frente de esquerda. Alguns militantes querem que seja feito um novo encontro para discutir a questão. Uma das alegações é de que o quórum do encontro do dia 10 foi pouco representativo. Mas Carlos Campos afirma não haver mais tempo para isso. Em 22 de junho, o partido realiza sua convenção nacional, na qual deve ser homologado chapa formada por Randolfe e a ex- deputada federal Luciana Genro (PSOL-RS), como vice.
Para Fidélis não há racha na legenda, apenas uma disputa normal, saudável, de grupos que “têm posturas diferentes dentro do partido”. Ele afirma que o diálogo está aberto para novos entendimentos, mas ressalta que o PSOL mineiro não pode ficar debatendo se apoia ou não a candidatura de Randolfe, pois o partido já decidiu nacionalmente, em dezembro, que o senador será o candidato. “O racha não é grande como eles estão tentando fazer que seja”. Segundo ele, essa é uma posição minoritária dentro da legenda..