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Estado de Minas

Escolha de candidato ao governo deixa PSOL rachado em Minas

Randolfe Rodrigues chega a BH em meio a desavenças provocadas pela convenção estadual


postado em 23/05/2014 06:00 / atualizado em 23/05/2014 07:38

O pré-candidato do PSOL à Presidência da República, senador Randolfe Rodrigues (AP), vai encontrar um partido rachado nesta sexta-feira, em Belo Horizonte, durante seminário para discutir a elaboração de seu plano de governo. A legenda, que vinha trabalhando desde o ano passado a candidatura a governadora da professora Maria da Consolação, resolveu lançar o nome de Fidélis Alcântara, provocando uma desavença interna. Contrária à candidatura do senador, Maria da Consolação perdeu a disputa pela indicação de seu nome para concorrer ao Palácio da Liberdade em um tumultuado encontro, realizado em 10 de maio. Integrante do grupo de apoio a Randolfe, Fidélis foi escolhido pré-candidato por 37 votos a 28 na reunião, da qual ele não participou.

Consola, como é conhecida eleitoralmente, não foi localizada pela reportagem para comentar as disputas, mas em nota afirma que sua candidatura ao governo do estado foi rejeitada porque ela defende a candidatura do advogado Renato Roseno (CE) para a Presidência. Segundo o texto, uma pequena maioria de delegados estabelecia como condição para apoiar sua candidatura a adesão incondicional à pré-candidatura de Randolfe. “Como ao longo da vida nunca nos submetemos à chantagem, aos 45 minutos do segundo tempo arrumaram outro candidato, que naturalmente aceitou as condições impostas”, diz a nota. Consola afirma ainda que essa decisão inviabiliza a frente de esquerda que vinha sendo discutida entre PSTU, PSOL e PCB para a disputa pelo governo de Minas e que a teria como candidata. Apesar do racha, integrantes da legenda garantem que a professora será candidata a deputada federal pelo partido. Nas eleições de 2012, ela teve 54 mil votos na briga pela Prefeitura de Belo Horizonte. “A rejeição da nossa candidatura representa a velha política, é a degeneração precoce de militantes que participaram das lutas nas ruas, mas que têm uma prática condenável da política partidária, a tratam como negócio, no qual os ‘vitoriosos’ abrem mão de princípios e da dignidade”, afirma um trecho da nota.

O presidente do PSOL em Minas, Carlos Campos, defende o nome de Consola. Segundo ele, uma candidatura de Fidélis não unifica o partido nem a frente de esquerda. Alguns militantes querem que seja feito um novo encontro para discutir a questão. Uma das alegações é de que o quórum do encontro do dia 10 foi pouco representativo. Mas Carlos Campos afirma não haver mais tempo para isso. Em 22 de junho, o partido realiza sua convenção nacional, na qual deve ser homologado chapa formada por Randolfe e a ex- deputada federal Luciana Genro (PSOL-RS), como vice.

Para Fidélis não há racha na legenda, apenas uma disputa normal, saudável, de grupos que “têm posturas diferentes dentro do partido”. Ele afirma que o diálogo está aberto para novos entendimentos, mas ressalta que o PSOL mineiro não pode ficar debatendo se apoia ou não a candidatura de Randolfe, pois o partido já decidiu nacionalmente, em dezembro, que o senador será o candidato. “O racha não é grande como eles estão tentando fazer que seja”. Segundo ele, essa é uma posição minoritária dentro da legenda.


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