São Paulo - O Partido Republicano Progressista (PRP) formaliza nesta sexta-feira, às 17 horas, na Câmara de São Paulo, o apoio à pré-candidatura de Eduardo Campos (PSB) à Presidência. Segundo o presidente nacional do PRP, Ovasco Resende, o principal fator de apoio à chapa de Campos e Marina Silva é a escolha por uma proposta de renovação política. Resende disse que o partido chegou a avaliar a proposta de Aécio, mas que optou por Campos para quebrar a polarização entre PT e PSDB na esfera nacional. "Não temos nada contra Aécio ou contra a presidente Dilma, mas achamos que é a hora de dar uma oportunidade ao novo", disse.
Com relação à pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira, 22, na qual o pessebista apareceu em terceiro lugar, com 11% das intenções de voto, atrás de Dilma Rousseff (40%) e de Aécio Neves (20%), Resende repetiu o discurso do time de Campos, de que ele é ainda pouco conhecido do eleitorado, principalmente no Sul e no Sudeste. "Acreditamos no trabalho que ele vem fazendo, viajando o País, e estamos confiantes que temos condições de vencer. No projeto de campanha junto com Marina, essa soma vai dar uma acelerada na questão (do conhecimento do eleitorado)."
De acordo com Resende, o PRP não se considera nem da base de apoio do governo, nem de oposição, mas tem uma postura "independente". Com 23 anos de história, a legenda que nasceu no interior paulista, em São José do Rio Preto, tem hoje dois deputados federais, mas nenhum por São Paulo. São eles: Jânio Natal (BA) e Chico das Verduras (RR). O objetivo do partido é sair das urnas, em outubro, com de 8 a 12 deputados federais eleitos.
Em São Paulo, onde o partido tem sua sede, o PRP fechou uma chapa com o PHS, com o vereador paulistano Laércio Benko (PHS) como pré-candidato a governador e o empresário Fernando Lucas (PRP) concorrendo a uma vaga no Senado. Hoje, em São Paulo, o PRP tem três prefeitos, dois vice-prefeitos e 58 vereadores, disse Resende.