O ministro da Justiça disse acreditar que não haverá greve, que, segundo ele, é ilegal. “Acho muito difícil qualquer possibilidade de greve. Acho, inclusive, que haverá um entendimento entre o governo federal e o sindicato que cuida dos agentes. Mesmo que o entendimento não seja feito, há decisões claríssimas no STF dizendo que a greve é ilegal. Além disso, sei que os agentes da PF têm forte comprometimento com nosso país. Porém, em quaisquer situações que possam ocorrer, temos sempre planos alternativos. Se houver uma greve em algum segmento policial, nós temos totais condições de termos alternativas de resposta para não termos problemas”
Ao todo, 100 mil profissionais de segurança pública deverão atuar no Brasil durante a Copa, considerando policiais civis, militares e federais, bombeiros e outros.
Os agentes de segurança obedecerão à hierarquia local, ou seja, estarão subordinados aos governos locais. No entanto, eles obedecerão a diretrizes nacionais aprovadas por um conselho formado pelo ministro-chefe da Casa Civil, o chefe do Estado Maior das Forças Armadas e o secretário-geral de Justiça. “Assim temos um conselho para as grandes decisões que eventualmente tenham que ser tomadas”, explicou o ministro.
O ministério da Defesa organizou sua atuação priorizando a integração com as demais forças de segurança e o atendimento localizado nas cidades-sede. Segundo o ministro Celso Amorim, serão 12 comandos de área sob controle de oficiais-generais. Além deles, quatro centros de controle especializado serão formados para cuidar do controle aero-espacial, da segurança cibernética, fiscalização de explosivos e prevenção ao terrorismo. Neste último caso, o militares foram treinados em defesa química, biológica, radiológica e nuclear.
“Os homens foram treinados para atuar no ambiente específico da Copa. No momento, eles fazem os últimos exercícios específicos. Nossos comandos de área estão perfeitamente ativos e atuando com as forças de segurança pública. Elas usarão prioritariamente armamento não letal. Essa é a orientação geral”, explicou o ministro.
Os dois ministros negaram a possibilidade de protestos violentos afetarem a programação dos jogos ou a segurança das pessoas. O ministro da Justiça disse que a experiência com a Copa das Confederações foi útil para a preparação para a Copa do Mundo, e que a “sensação” é de que as manifestações este ano terão uma “dimensão menor” do que as de junho do ano passado.
“Nós vivenciamos as manifestações da Copas das Confederações e, embora em algumas cidades elas tenham chegado a 300 mil pessoas, nenhum jogo atrasou ou foi cancelado.
Os dois ministros garantiram que foram feitos investimentos na área de inteligência para que as polícias estejam preparadas para os eventos e também para acompanhar torcedores que sejam conhecidamente violentos, tanto do Brasil quanto de outros países. Ao todo, os ministérios da Justiça e da Defesa gastaram R$ 1,9 bilhão na preparação para a Copa..