O secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas, Fabrício Torres Sampaio, criticou ontem a Caixa Econômica Federal (CEF) por ter cobrado mais detalhes no orçamento do projeto de construção da Linha 3 (Lagoinha/Savassi) do metrô de Belo Horizonte. Segundo Sampaio, o projeto apresentado pelo governo de Minas está completo e o órgão federal pediu mais detalhes sobre os custos porque não tem forma de avaliar o material recebido. “Eles pedem uma planilha específica para os preços unitários. Mas, para o caso do metrô, a Caixa não tem preço para avaliar a maioria dos itens, porque nunca mexeu com metrô”, disse Sampaio. Ele afirmou também que a construção da Linha 2 (Barreiro/Nova Suíça) e as reformas na Linha 1 (Eldorado/Vilarinho) dependem apenas da vontade política do Palácio do Planalto.
O secretário explicou que os preços usados no orçamento entregue à Caixa foram baseados em valores utilizados pela empresa que administra o metrô de São Paulo. “Retiramos esses preços nos editais do metrô de São Paulo. São preços públicos, que a Caixa admite usar, já que não tem tabelas para eles. Ela não tem condições de analisar e pedir a composição de custos, então fez um estudo e escolheu os itens que mais pesam no preço final da obra. Não tínhamos esse custo porque pegamos o preço de São Paulo. Agora, já pedimos o valor desses itens, com detalhamentos sobre, por exemplo, quantas horas/homem custarão as escavações com a tecnologia shield (no português, escudo), os encargos sociais e outros itens. Vamos detalhar isso tudo para chegar ao preço unitário. Vamos entregar isso tudo em 20 dias e, se a Caixa não pedir mais nada, ela aprova o orçamento. Mas ninguém sabe o que mais pode ser pedido”, afirmou Sampaio.