“Adicionamos no relatório novos documentos, conteúdos das ligações (grampos) e as posições finais do Ministério Público de Pernambuco na época, que teve sua autonomia polida no período”, declarou o relator do caso, o advogado e conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil, Henrique Mariano. Os documentos serão apresentados no volume 2 do Caderno da Memória e Verdade da Comissão de Pernambuco.
O relatório é subdivido em cinco tópicos: biografia, sequestro e assassinato, metodologia de trabalho empregada pelo colegiado, documentos confidenciais do Serviço Nacional de Informações (SNI) e a conclusão sobre o assassinato do Padre Antônio Henrique. “O crime foi perpetrado por agentes do Estado de Pernambuco, em conluio com civis integrantes da chamada extrema direita, com o desiderato de aterrorizar, amedrontar e coibir o inconteste foco de resistência ao regime militar então exercido por parte considerável da Igreja Católica no Estado de Pernambuco, sob a liderança do arcebispo de Olinda e Recife, dom Helder”, diz o relatório..