As convenções partidárias, em que serão confirmados os concorrentes ao Palácio da Liberdade, devem acontecer entre 11 e 30 de junho. A Copa começa no dia 12 e termina em 13 de julho. O vice-presidente estadual do PSDB, deputado federal Domingos Sávio, avalia que, hoje, o ideal é não tentar usar o momento de festa de quem gosta de futebol para conseguir votos.
As manifestações de 2013 reuniram milhares de pessoas nas ruas da principais cidades do país cobrando mais saúde, educação e segurança, principalmente. Apesar de os governos estaduais e federal terem sido os principais alvos dos protestos, a classe política como um todo foi atingida, o que ficou evidente com a recusa, por parte dos manifestantes de impedirem a participação de partidos nos movimentos.
No PT, que tem como pré-candidato o ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, todas as viagens previstas serão mantidas. O deputado federal Miguel Corrêa, um dos aliados mais próximos do ex-ministro, afirma que a maior parte dos políticos terá cautela nas aparições públicas este ano. “A revolta não é contra o governo ou a oposição, mas em relação à política em geral”, analisa. Ao mesmo tempo, o parlamentar afirma não ser do perfil de Pimentel participar de encontros para os quais não foi convidado. “Não vamos invadir ações do cotidiano da população. Tudo o que puder ser feito com mais leveza dá mais qualidade e mostra respeito”, diz.
Um dos pré-candidatos do PSB ao governo do estado, o médico Apolo Heringer diz que não pretende acompanhar os jogos da Copa do Mundo próximo a multidões, mas não cita a possibilidade de ser hostilizado como motivo para o distanciamento. “Acredito que isso seja uma forma de exposição vazia. Gosto das coisas mais naturais. Quero que as pessoas conheçam as minhas ideias e que por elas conversem comigo”, diz.
Além de Apolo, o presidente estadual do PSB, deputado federal Júlio Delgado também se colocou como pré-candidato da legenda ao governo. O parlamentar, que na Câmara é o responsável pela organização de peladas entre os colegas, afirma que as manifestações mudaram o comportamento de candidatos, o que poderá ser observado durante a Copa do Mundo. “Os protestos vão fazer com que os políticos fiquem fora de tudo isso”, avalia.