Graça apresentou detalhas da compra da refinaria de Pasadena e disse que o ativo, à época, tinha como vantagem estar no centro de um dos maiores 'hubs' do mundo. As negociações em 2006 se inseriam em um contexto de internacionalização da petroleira brasileira, segundo a executiva. A presidente da empresa também sustentou que o resumo executivo encaminhado ao conselho de administração e que embasou a compra não continha as cláusulas Put Option e Marlim, que, de acordo com ela, eram fundamentais. Tampouco constava a obrigação de aquisição da metade restante da refinaria, afirmou.
"São cláusulas extremamente importantes para Pasadena, juntas elas precificaram os 50% iniciais e os 50% finais das ações", disse. Em março deste ano, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que a presidente Dilma Rousseff, à época da transação ministra da Casa Civil e presidente do conselho de administração da Petrobras, apoiou a aquisição de 50% da refinaria.
Ao final, a Petrobras entrou em desacordo com a sócia Astra Oil e foi obrigada a comprar a outra metade de Pasadena, o que ocasionou um prejuízo bilionário para a petroleira. Graça Foster ressaltou que o preço pago por Pasadena à época era "bastante razoável" e que a transação foi avaliada por analistas. "Eles consideraram que a aquisição de Pasadena foi positiva, destacando o preço por barril pago pela companhia abaixo da média da indústria", pontuou. Ela destacou, no entanto, que hoje Pasadena tem baixo potencial de retorno dos investimentos..