Brasília- O presidente do PSDB e pré-candidato à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), vai apelar a uma manobra regimental para poder se manifestar na primeira reunião da CPI mista da Petrobras, agendada para 14 horas.
Líderes podem fazer uso da palavra em qualquer comissão, prerrogativa permitida no regimento interno da Casa. A manobra é possível devido à ausência do líder tucano, senador Aloysio Nunes (SP), que está em missão oficial em Taiwan. O primeiro vice-líder, Cassio Cunha Lima (PB), está em compromissos no Estado.
Aécio vai reafirmar o discurso que tem usado ao abordar o tema. Dirá que a CPI é uma obrigação do Congresso, já que se trata de uma exigência da sociedade e o Poder Legislativo não pode se escantear. O tucano já conversou com sua tropa de choque e falou que vai reiterar esse discurso.
Nessa primeira reunião, os 32 integrantes da CPMI devem confirmar o senador Vital do Rêgo (PMDB- PB) na presidência da comissão e o deputado Marco Maia (PT-RS) na relatoria. Faz parte da estratégia governista se valer da maioria dos componentes para tentar controlar os rumos da CPMI.
A oposição, contudo, conta com os descontentes da base aliada para ganhar voz e conseguir aprovar itens que consideram essenciais. Os oposicionistas têm pronta uma sugestão de plano de trabalho com mais de 100 requerimentos, entre convocações, pedidos de acesso a documentos e de quebra de sigilo de figuras consideradas peças fundamentais, como o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.