De acordo com o Itamaraty, não é possível saber que tipo de documento chegou a ser copiado pelos hackers, mas o caso não levantou grandes preocupações dentro do ministério, já que o chamado IntraDoc - onde ficam armazenados os telegramas e documentos diplomáticos - e o sistema de troca de informações entre os postos no exterior e a sede não chegaram a ser afetados. Os documentos que poderiam ter sido vazados pelos hackers estariam anexados em e-mails ou dentro de computadores usados pelos diplomatas.
Fotos publicadas no Twitter pelo grupo Anonymous Operation, que teria assumido a autoria da invasão, mostram, por exemplo, a capa de um telegrama do Itamaraty para a embaixada brasileira em Tel Aviv tratando do apoio logístico à comitiva brasileira que iria tratar de um acordo de troca de informações sigilosas entre os governos do Brasil e de Israel. Na imagem, é possível ver ainda links para arquivos sobre subsídios para a reunião da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) de 2013, sobre temas globais a serem tratados na visita do vice-presidente americano John Kerry, entre outros assuntos. A maioria de 2013.
Uma outra foto mostra uma carta do então ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, para o então embaixador russo em Brasília organizando uma viagem a Moscou, em 2007. O grupo promete que documentos hackeados serão revelados em breve. Nada do que foi revelado até agora foi considerado sensível pelo Itamaraty. O caso ainda está sendo investigado pelo Gabinete de Segurança Institucional e pela Polícia Federal.
Com Agência Estado .