"Nos preocupa de fato que, num período eleitoral, medidas acabem sendo tomadas de forma açodada, leviana e acabem prejudicando um programa bem-sucedido. Nos preocupa que essas medidas sejam tomadas na véspera da eleição. O Bolsa Família tem onze anos. Onde estava o senador Aécio nesses 11 anos que não tratou do Bolsa Família?", questionou a ministra, em uma coletiva de imprensa convocada às pressas no Palácio do Planalto.
O texto aprovado na comissão também acaba com o teto para que as famílias sejam desligadas do Bolsa Família. Atualmente, por meio de uma portaria de 2010 do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, as famílias que tiverem uma variação da renda de meio salário mínimo (R$ 362 hoje) no período de dois anos perdem o direito ao benefício. A proposta de Aécio retira esse limite.
O Bolsa Família atende 14 milhões de famílias e tem orçamento previsto de R$ 25 bilhões para este ano, informou a ministra. "Conhecemos os dados, temos evidências, estudos e técnicos sérios e estamos dispostos a ir conversar com os nossos senadores. Vamos usar o conjunto dos nossos argumentos, não só no Senado, para garantir que o Bolsa Família seja um programa eficiente com resultados bem-sucedidos", disse a ministra.
A oposição contou com apoio decisivo de parlamentares da base e, por 10 votos a nove, conseguiu aprovar o parecer da senadora tucana Lúcia Vânia (GO), favorável ao projeto. Apoiaram a matéria os senadores de partidos aliados ao governo Sérgio Petecão (PSD-AC), Paulo Davim (PV-RN), Ana Amélia (PP-RS), Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) e Eduardo Amorim (PSC-SE) e da oposição, além de Lúcia Vânia, Cícero Lucena (PSDB-PB), Agripino Maia (DEM-RN), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e Jayme Campos (DEM-MT).
Com Agência Estado .