A despedida de Barbosa da magistratura, com grande antecedência da aposentadoria compulsória para os magistrados, que é aos 70 anos, já era esperada. Desde o ano passado, após a grande repercussão do julgamento do mensalão, o assunto é recorrente, sem que Barbosa negasse a intenção. Ele só não adiantava a data. Mas admitia que se desligaria do STF muito antes do prazo determinado.
Segundo Renan, o presidente do STF não justificou a saída. Ele lamentou a notícia e disse que foi uma informação "surpreendente" porque via no "presidente do Supremo uma pessoa importante para o país". "Ele vai se aposentar. Sentimos muito porque ele é uma das melhores personalidades do Brasil. Isso é muito triste", avaliou Renan.
Em fevereiro deste ano, o pré-candidato do PSB a presidente da República, Eduardo Campos, chegou a declarar que Barbosa “seria imbatível” na disputa do governo do Rio de Janeiro. Barbosa também foi lembrado, nos bastidores da política, para o embate eleitoral pela vice-presidência e também para a Presidência da República. O prazo para magistrados se desligarem do cargo e disputar uma eleição é de seis meses antes do pleito. Neste ano, esse limite venceu no dia 5 de abril
Presidência do STF
O mandato de Barbosa na presidência do STF está marcado para terminar em novembro próximo. No lugar dele, assume o vice-presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski. .