Na conversa reservada que teve ontem, Barbosa não avisou que deixaria o tribunal no próximo mês. No entanto, servidores do tribunal já começavam a discutir os preparativos da posse do ministro Ricardo Lewandowski, atual vice-presidente da Corte.
Oficialmente, o processo do mensalão permanece no gabinete de Joaquim Barbosa, assim como os detalhes da execução das penas dos mensaleiros. Ainda não há definição se o próprio Joaquim Barbosa levará a plenário os recursos contra a negativa de trabalho externo para parte dos condenados, incluindo o ex-ministro José Dirceu. Se a distribuição do processo for feita imediatamente, caberá ao próximo ministro a decisão de quando levar o caso a plenário.
A notícia sobre a saída de Barbosa do STF foi dada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que o recebeu agora pela manhã em seu gabinete. Antes, Barbosa teve uma audiência com a presidente Dilma Rousseff. O encontro de Barbosa com Dilma durou menos de 15 minutos, no Palácio do Planalto, e a audiência foi convocada a pedido dele. A assessoria da Presidência da República não informou oficialmente o assunto da reunião..