Questionado pelo senador Aníbal Diniz (PT-AC) na CPI da Petrobras do Senado se a estatal permite a ascensão funcional por coloração partidária, ele respondeu que sua própria trajetória na empresa demonstra que os funcionários de carreira têm condições de assumir o posto. Eu acredito, sim, na meritocracia para exercer este cargo, afirmou, ao dizer que não é filiado a nenhum partido político.
Ele também afirmou que o comitê de proprietários da refinaria de Pasadena não chegou a funcionar efetivamente. Ele disse que se chegou a ter uma reunião convocada, em junho de 2006, na época do processo de arbitragem. O representante da Petrobras nesse conselho era Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal que chegou a ser preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Ele disse que o comitê era necessário para se ter outra instância de conversa entre a estatal a sócia belga Astra Oil. Contudo, segundo ele, na única reunião prevista do comitê, um representante da sócia não participou.
O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras disse também sobre o tema que a estatal começou um processo de arbitragem sobre Pasadena após o Conselho de Administração da empresa ter se recusado a aprovar a compra dos 50% remanescentes da refinaria. Isso ocorreu em maio de 2008.
Em depoimento à CPI da Petrobras do Senado, Zelada disse que a decisão da Justiça validou o laudo da arbitragem favorável à compra a segunda metade de Pasadena.
Zelada revelou que assinou um resumo executivo sobre a compra dos 50% remanescentes da refinaria de Pasadena em 2008 que tinha sido elaborado pelo seu antecessor no cargo, Nestor Cerveró. O ex-diretor confirmou que assinou o resumo poucos meses após assumir o cargo. Ele assumiu em março de 2008 e assinou o documento dois meses depois..