O ministro Joaquim Barbosa terá o direito de ser acompanhado por seguranças do Supremo Tribunal Federal (STF) depois da aposentadoria. A regra geral na Corte é que os magistrados aposentados contem, por tempo indeterminado, com proteção paga pelo próprio tribunal. Eles só não têm seguranças caso abram mão de tal prerrogativa.
Relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa foi implacável quanto à condenação da maior parte dos réus. Tal postura gerou a reação de militantes do PT. O ministro sofreu ameaças por meio de redes sociais. Mas garante que a decisão de se aposentar cinco meses antes do término do mandato na Presidência do STF e a mais de uma década da idade-limite de 70 anos não tem relação com a segurança pessoal. Segundo ele, as razões são de “foro íntimo”.
O ministro Marco Aurélio Mello avalia que a aposentadoria de Barbosa não se deve a qualquer ameaça. “Ele saiu porque não queria continuar como juiz e deu como encerrada a trajetória dele no Supremo. Creio que seja muito mais até por problema de saúde, até porque ele estaria mais protegido como ministro do Supremo do que como cidadão comum.”