“O governo do estado tem à disposição recursos para fazer a obra e não consegue sequer fazer a licitação. Não sabemos por que”, afirmou Cunha. O petista ressaltou que a presidente Dilma Rousseff (PT) buscou, de forma republicana, garantir as verbas para que o governo de Minas acelerasse o andamento da obra. “Tivemos uma relação republicana, pensando que as pessoas pensariam no interesse comum do cidadão. Mas o que percebemos aqui em Minas neste caso, é que não houve esse compromisso. Eles não querem fazer a licitação rapidamente como desejamos”, criticou o parlamentar.
A assessoria do governo de Minas classificou a posição do presidente estadual do PT como “sem fundamento e com interesses apenas eleitorais”. O tom das críticas entre petistas e tucanos sobre o setor da mobilidade urbana aumento desde o início de maio, quando em visita a Ipatinga, no Vale do Aço, a presidente Dilma cobrou a liberação dos projetos para as obras no estado. Sobre o Anel, o governo de Minas rebateu as declarações da petista, afirmando que “o Anel sempre foi e continua sendo de responsabilidade do governo federal” e que o “Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) não liberou o Departamento de Estradas e Rodagens (DER) para fazer a licitação”.
ALIANÇAS No encontro de ontem, que reuniu no Minascentro militantes petistas e representantes de vários movimentos sociais do estado, um dos principais temas discutidos foi a questão das alianças feitas entre o PT e outros partidos no estado. Uma das emendas apresentadas para ser incluída no programa petista para as eleições de outubro defendia que o PT só deveria se aliar aos partidos que se colocarem como oposição ao governo de Minas, evitando que prefeitos de partidos aliados e que venham a apoiar o candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves, recebam apoio da militância petista durante a campanha.
Também foram discutidos pontos apresentados na Carta Compromisso elaborada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e assinada pelo pré-candidato do partido ao governo do estado, Fernando Pimentel, que pede a “desprivatização” da Cemig e sa Copasa, empresas de capital misto.