Argôlo responde a dois processos por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Câmara, sendo um protocolado pela Mesa e outro pelo PSOL. Nos relatórios apresentados no colegiado, são citadas "fortes evidências de que o deputado Luiz Argôlo está envolvido com o doleiro Alberto Youssef e dele recebeu elevadas quantias de dinheiro".
São mencionadas também mensagens interceptadas entre Argôlo e Youssef que "mostram que o doleiro, atualmente preso na carceragem da Polícia Federal do Paraná, pagou contas do deputado representado".
O relator dos processos, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), também apontou que Youssef teria transferido R$ 120 mil ao chefe de gabinete de Argôlo, Vanilton Bezerra. "As condutas, em tese, configuram ato atentatório ao decoro parlamentar e há indícios suficientes de materialidade e autoria", escreve.
O conselho tenta atualmente notificar Argôlo de que há um processo correndo contra ele enviado pela Mesa. Caso o colegiado não consiga notificá-lo até o final desta semana, o aviso pode ser publicado no Diário Oficial do Legislativo, momento a partir do qual começa a correr o prazo de 10 dias úteis para que Argôlo apresente sua defesa. A licença médica do deputado não altera os prazos do conselho.C.