Na manhã desta terça-feira, a CPI da Petrobras exclusiva do Senado, que é controlada pelos senadores da base aliada, marcou o depoimento de Paulo Roberto Costa para a próxima terça-feira, dia 10.
Paulo Roberto foi preso por tentativa de obstrução das investigações da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal, e solto recentemente por decisão do Supremo Tribunal Federal. Alberto Youssef continua preso.
Nestor Cerveró foi o responsável pelo resumo executivo que levou a presidente Dilma Rousseff, quando presidia o conselho de administração da Petrobras, a aprovar a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Em nota ao jornal O Estado de S. Paulo, Dilma disse que o resumo de Cerveró era incompleto e, se tivesse tido acesso a todas as cláusulas, não teria aprovado a operação.
O relator apresentou uma lista de 221 requerimentos para serem aprovados em bloco, entre convocações, quebras de sigilo e acesso a informações. Ele ressalvou que seu plano de trabalho é uma referência, mas não é "conclusivo", podendo ser alterado ao longo das investigações. Até o momento, a comissão já recebeu mais de 600 requerimentos. Foi o presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que também preside a CPI do Senado, quem anunciou ter concedido vista coletiva aos parlamentares do plano de trabalho apresentado.
Numa repetição da CPI exclusiva da Petrobras, Marco Maia quer investigar os quatro eixos: a refinaria de Pasadena, as denúncias de pagamento de propina pela SBM, as plataformas e as obras da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, e outras.
Na sessão de ontem da CPI mista, o relator disse que seria melhor ouvir depois o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli e da atual presidente da estatal, Maria das Graças Foster.
Os oposicionistas também protestaram contra a inclusão na CPI mista de fatos que envolvem o governo Fernando Henrique Cardoso e do socialista e ex-governador Eduardo Campos, provável adversário de Dilma Rousseff em outubro..