A candidatura do senador Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República ganhou nessa quarta-feira o reforço de mais quatro partidos. PMN, PTdoB, PTC e PTN declararam apoio formal ao tucano, antes mesmo das convenções das legendas. “Estou imensamente feliz de poder receber aqui o apoio de alguns outros partidos que se somam a nós nesta caminhada para restabelecer a ética e a eficiência na gestão pública”, afirmou o senador. Os novos apoios, considerando a divisão preliminar do tempo de rádio e televisão – que será concluída após as alianças definitivas de cada candidato – darão a Aécio mais 20 segundos na propaganda eleitoral. “A presidente ficará com os tempos de televisão. Nós ficaremos com o trabalho, delegação e com o esforço de homens públicos, que não querem que o Brasil seja governado da forma que está sendo nos últimos anos”, afirmou.
Nesta quinta-feira, Aécio vai receber apoio também dos diretórios estaduais no Rio de Janeiro de grandes partidos que compõem a base da presidente Dilma Rousseff, incluindo o PMDB. “Nós vamos receber o apoio de vários partidos, alguns dos maiores do estado do Rio de Janeiro, que já têm compromisso com a candidatura do atual governador Pezão (Luiz Fernando Pezão, do PMDB), mas que se manifestam a favor da nossa candidatura”, disse, ao sair da Liderança do PSDB no Senado, onde recebeu apoio formal dos PMN e outros nanicos.
Aécio explicou que está previsto um ato político para a consolidação desses apoios, com a presença dos presidentes dos diretórios fluminenses do PMDB, do PP, e do PSD, além do oposicionista Solidariedade. “Há uma construção em torno da nossa candidatura, que vem acontecendo com absoluta naturalidade.
Os novos apoios não impediram que o senador mineiro voltasse a condenar a distribuição de cargos a partidos aliados. “Não discutimos isso, sequer com o meu partido. O governo que defendo será um governo de quadros, de quadros independentes de partidos políticos. Um bom exemplo é Minas Gerais, onde governei buscando as melhores figuras em todas as áreas independentemente de terem filiação partidária”, afirmou. Segundo Aécio, “a amálgama do nosso governo, de forma absolutamente diferente desse que reúne a base de sustentação do governo atual, será um projeto de país. Esse projeto vai ficar claríssimo durante os debates eleitorais.”
Ele aproveitou para criticar a distribuição de benesses pela presidente Dilma em busca da manuntenção de sua base aliada. “Vejo um esforço enorme da Presidência da República distribuindo espaços de poder a rodo como jamais se fez antes da história do Brasil, em contrapartida de alguns segundos na propaganda eleitoral. Faz isso distribuindo diretorias de bancos, ministérios, cargos públicos, sem qualquer constrangimento”, afirmou.
Vice
Sobre a escolha do candidato a vice, Aécio afirmou que aguarda novas mexidas no tabuleiro eleitoral. “Pensei, realmente, em fazer isso antes da convenção, mas o prazo legal que tenho é até o dia 30 de junho. Em função da instabilidade que estamos vendo hoje no quadro de apoio do próprio governo, vou definir até o início da semana que vem”, afirmou.
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