“Não querem que nós aproveitemos (a Copa) por quê? Tem muita coisa de razões políticas por trás desse ‘Não vai ter Copa’. Eu acho um absurdo achar que, por razões políticas, é justificável que o Brasil, nesse momento, não faça todo o uso de ter a oportunidade de sediar a Copa”, afirmou Dilma, sem se aprofundar na questão.
Questionada se discursaria na abertura da Copa do Mundo, Dilma disse que, até onde sabe, a cerimônia prevê a exposição de líderes religiosos, culminando com uma mensagem do papa Francisco. De acordo com a presidente, também deverá haver uma representação simbólica das três etnias que formaram o povo brasileiro, representadas por uma criança branca, uma negra e uma indígena.
“Quem faz essa definição é a Fifa. O que eu posso adiantar é que, até onde eu enxerguei, o que eles estão propondo é que seja feita uma exposição de todas as mensagens dos líderes religiosos com pombas que vão representar a paz”, disse Dilma, que, ao lado do presidente da Fifa, Joseph Blatter, foi vaiada durante a abertura da Copa das Confederações, em pleno estádio Mané Garrincha, em Brasília, no ano passado.
A presidente destacou que foi o próprio governo brasileiro que procurou os líderes religiosos para a exposição de mensagens contra todas as formas de discriminação, em especial contra o racismo.
Dilma também assegurou que o Brasil terá uma vitória dentro e fora do campo. "Aqui vai funcionar telefone celular", frisou.
Eleições
Em outro momento da entrevista, a presidente foi questionada sobre a proximidade entre a Copa do Mundo e as eleições. “Não acho que tenha uma relação direta entre Copa do Mundo e política no Brasil, não acredito que seja (relação) automática nem direta. Não acredito sendo de um jeito ou outro, a repercussão com a eleição será automática - não acredito nisso.