A mudança de pauta do esforço concentrado adiou a análise de projetos polêmicos que constavam da pauta. Dois deles, de autoria do senador e ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), reformavam o Código de Defesa do Consumidor, criando, entre outras modificações, regras para proteger o consumidor no comércio eletrônico. Outro projeto descartado da semana instituía a Lei da Responsabilidade Orçamentária, alterando normas do processo orçamentário com a unificação de conceitos.
Havia a previsão ainda de que hoje os senadores votassem a reforma da atual Lei de Licitações. A proposta prevê o fim do uso da carta convite e da tomada de preços nas concorrências públicas e amplia as possibilidades de uso do Regime Diferenciado de Contratações (RDC).
O plenário do Senado aprovou nesta semana uma proposta que garante a estabilidade no emprego para quem detiver a guarda de bebês órfãos. O texto seguirá para sanção presidencial porque não sofreu alterações durante sua tramitação na Casa. Na mesma sessão, a Casa aprovou um projeto que altera a jornada de trabalho dos motoristas profissionais.
Na sessão de ontem, com a presença da apresentadora Xuxa Meneghel, foi aprovada a proposta que estabelece o direito de crianças e adolescentes serem educados sem o uso de castigo físicos, conhecido popularmente como Lei da Palmada. A matéria vai para sanção presidencial. Os senadores também aprovaram um projeto que cria uma gratificação para todo procurador que acumula a unidade de trabalho de um colega. Na prática, a proposta, válida para todos os ramos do Ministério Público da União, permite a eles ganhar mais do que o teto do funcionalismo público, atualmente em R$ 29.462,25. Como foi modificada no Senado, terá de voltar para a Câmara.
Na manhã desta quinta-feira, mesmo sem constar da lista original do "esforço concentrado" anunciado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a Casa aprovou um projeto de lei que aumenta a pena para quem praticar o crime de contrabando. A punição para aqueles que forem condenados por importar ou exportar mercadorias proibidas subiu de um ano a quatro anos para dois anos a cinco anos de prisão. A proposta segue para a sanção presidencial, porque já passou pela Câmara dos Deputados. Ao todo, foram votadas 14 matérias, entre projetos de lei, projetos de resolução, projetos de decreto legislativo e mensagens..