Mas, apesar do aparente estreitamento das relações, o convívio entre petistas e peemedebistas é mais turbulento hoje do que era quatro anos atrás, quando o PMDB passou a integrar a chapa majoritária encabeçada pelo PT e indicou Michel Temer para vice de Dilma.
Adversários
Os dois partidos serão adversários em 14 Estados que concentram a maior parte do eleitorado nacional, cerca de 62%. Em pelo menos sete deles, o PT considera certo que o PMDB não fará campanha por Dilma, abrindo seus palanques para os adversários Aécio Neves (PSDB) no Acre, Bahia e Piauí, e Eduardo Campos (PSB) em Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Roraima e Rio Grande do Sul.
Além disso, os petistas consideram grandes as chances de o PMDB não se engajar na campanha pela reeleição de Dilma em colégios eleitorais importantes como Rio de Janeiro, Paraná e Ceará.
Sem contar o histórico de desavenças entre o governo e setores importantes do PMDB na Câmara durante quase todos os quatro anos de mandato de Dilma e a busca incessante do PMDB por mais espaço na Esplanada dos Ministérios.
Comitês
Para evitar traições e corpo mole dos aliados, o PT decidiu montar comitês de Dilma e indicar nomes fortes para a coordenação regional da campanha à reeleição em todos os Estados da federação. Segundo um alto dirigente do PT, setores majoritários da legenda veem o PMDB apenas como um aliado de ocasião, com o qual não têm identidade programática. A expectativa é que participem da convenção peemedebista 512 convencionais. .