A confirmação nesta terça-feira pelo PSDB da candidatura do ex-ministro das Comunicações Pimenta da Veiga ao governo de Minas abre a temporada de convenções partidárias no estado e dá a largada oficial na corrida pela sucessão. O encontro vai reunir, além dos tucanos, representantes de 19 partidos que irão compor a aliança do campo governista. Do lado do PSDB estarão DEM, PDT, PEN, PHS, PMN, PP, PPS, PR, PRP, PSC, PSD, PSDC, PSL, PTB, PTC, PTdoB, PTN, PV e Solidariedade. Como apontavam as especulações desde o início das articulações eleitorais, Pimenta da Veiga terá como vice o presidente da Assembleia, deputado estadual Dinis Pinheiro, que migrou do PSDB para o PP como forma de contemplar a legenda aliada. O ex-governador Antonio Anastasia, que coordena a produção do programa de governo do senador Aécio Neves para a disputa presidencial, concorre ao Senado.
Um dos mais cobiçados cargos do restante da chapa, a primeira suplência de senador será ocupada pelo ex-secretário de Gestão Metropolitana e Saúde Alexandre Silveira (PSD). Foi dele a missão de peitar a direção do partido e garantir que os mineiros apoiassem a reeleição do prefeito Marcio Lacerda (PSB) em Belo Horizonte, em 2012. Na ocasião, a legenda chegou a ser registrada por uma comissão interventora na coligação do candidato do PT à Prefeitura, Patrus Ananias, e, como secretário-geral do PSD, Silveira tomou a frente de ações eleitorais contra os petistas.
Segundo o presidente do PSDB de Minas Gerais, deputado federal Marcus Pestana, a segunda suplência ainda está em aberto. Oficializada a chapa majoritária, as legendas podem delegar pendências como esta às executivas. “É um excelente ponto de partida para a eleição. Não podia ser melhor em termos de tempo de televisão. Devemos ter mais de mil candidatos a deputado estadual e federal, é um verdadeiro exército nas ruas”, afirmou o dirigente. Pelas contas de Pestana, a candidatura tucana deve ter de seis a sete minutos por bloco, somando de 12 a 14 minutos diários na propaganda de TV. Ele estima ainda que sejam 14 inserções para divulgar Pimenta da Veiga. “Está tudo decolando muito bem e as pessoas já começam a retomar o contato com a biografia do Pimenta, a capacidade e a experiência dele. Estamos em uma situação boa nas pesquisas inicialmente feitas”, avalia.
Oposição
O PT fará sua convenção paralela à do PMDB, nopróximo sábado (14), para confirmar a chapa de oposição ao Palácio, que terá Fernando Pimentel como candidato a governador. Como vice concorre o presidente do PMDB mineiro, ex-ministro da Agricultura Antônio Andrade, e para o Senado será confirmada a candidatura do empresário Josué Gomes da Silva, que passa a adotar eleitoralmente o nome de Josué Alencar como uma menção ao pai, o ex-vice-presidente José Alencar.
Pelas regras internas do partido, o PT já confirmou Pimentel candidato e a indicação de aliança com o PMDB, PRB, PROS e PCdoB no encontro estadual do partido semana passada, que teve a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.
Já o PSB, que pode lançar um terceiro nome para concorrer ao governo, tem sua convenção marcada para o dia 21 de junho. A expectativa da legenda é chegar a um consenso antes do encontro, mas o quadro ainda é nebuloso. Depois de chegar a anunciar o apoio a Pimenta da Veiga como parte de um acordo nacional entre os presidenciáveis Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves, o partido tem agora dois pré-candidatos ao governo: o ambientalista Apolo Heringer e o deputado federal Júlio Delgado, que preside a legenda no estado. Apolo é o candidato da Rede, partido da ex-senadora Marina Silva que se abriga nos quadros do PSB, e Delgado foi um dos maiores defensores da união com o PSDB.
Aécio ganharia no 2º turno em SP
Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira mostra que, em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, a oposição venceria a presidente Dilma Rousseff (PT) no segundo turno. O senador Aécio Neves (PSDB) bateria a presidente por 46% a 34% das intenções de voto, enquanto o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos venceria por 43% a 34%. No primeiro turno, a disputa terminaria tecnicamente empatada. Dilma teria 23% das intenções de voto dos paulistas contra 20% do senador mineiro. O ex-governador pernambucano, por sua vez, somaria 6% das intenções, em empate técnico com o pastor Everaldo (PSC), com 4%, e o senador Magno Maulta (PR), com 3%. A pesquisa ouviu 2029 pessoas no estado de São Paulo entre os dias 3 e 5 de junho. A taxa de confiança é de 95% e a margem de erro máxima é de 2 pontos percentuais. O levantamento foi registrado sob o protocolo SP-00007/2014.