Brasília - O ex-diretor da Área de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou nesta terça-feira que a estatal não é um "balcão de negócios". Em depoimento à CPI da Petrobras do Senado, ele rejeitou a acusação feita pela Polícia Federal de que uma "organização criminosa" tenha instalado na estatal. "Muita coisa foi dita de forma antiética, sem provas, e quero colocar de forma que repudio muito veemente que a Petrobras seria uma organização criminosa", afirmou.
Na sua apresentação inicial, o ex-diretor negou ter cometido irregularidades na sua passagem de oito anos no qual ocupou o cargo de diretor e, mesmo depois de se aposentar, em fevereiro de 2012, quando montou a consultoria Costa Global. Ele disse que montou essa empresa, suspeita de envolvimento no esquema investigado pela PF, para se manter em atividade e lembrou que o salário, após a aposentadoria, é reduzido em média de 20%.
"Eu acho que diretores e presidentes de Petrobras deveriam ter a tal da quarentena, quando você tem, você fica 6 meses, um ano (sem trabalhar recebendo)", afirmou. "A Petrobras não tem (quarentena). Eu tive começar uma atividade assim que saí, e comecei uma consultoria, que é uma área que eu conheço após 35 anos na companhia", completou.
O ex-diretor disse ainda que a refinaria de Abreu e Lima foi iniciada 30 anos após a estatal não ter tido nenhum investimento em refinarias.