O PSDB oficializou neste sábado a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República. O senador chegou ao evento de mãos dadas com o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso e foi ovacionado pelos companheiros de partido, provenientes de várias cidades do país.
Na entrada do evento, Aécio defendeu o nome do ex-governador de São Paulo José Serra para o Senado. A cadidatura de Serra ao Parlamento foi tema de jantar, na noite dessa sexta-feira, entre tucanos na casa do vereador da capital paulista Andrea Matarazzo (PSDB). "Nome extraordinário para qualquer cargo público. Seria muito bom para São Paulo", disse Aécio.
Antes de Aécio, tucanos e aliados discursam. Presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força, fez duras críticas ao PT. Disse que as vaias recebidas pela presidente Dilma Rousseff na abertura da Copa do Mundo, na quinta-feira (12/6), no Itaquerão, são reflexo de que "está tudo ruim". "É por isso que, quando aparece nos telões, nem recebe mais vaia, mas esculhambação".
Aécio disse que o PT parece "um pouco desanimado" para a corrida presidencial.
União
O ex-governador José Serra subiu o tom contra o PT e defendeu a candidatura do mineiro. Os dois tucanos chegaram a disputar internamente, no final do ano passado, a indicação para a próxima eleição presidencial de outubro. O ex-governador de São Paulo foi o candidato da legenda na última eleição e acabou derrotado pela presidente Dilma Rousseff (PT). Neste sábado, Serra fez um discurso de "união" que saudou o mineiro como o próximo presidente da República. "O espírito de mudança converge para a campanha de Aécio", afirmou Serra. "O PSDB e seus aliados chegam unidos para essa disputa", ressaltou. "Todos juntos, com Aécio à frente, vamos mudar o Brasil".
No mesmo tom, o governador Geraldo Alckmin disse que é hora de retomar as reformas e estratégias implantadas no governo de Fernando Henrique Cardoso. Assim como Serra, o governador criticou o que chamou de "descontrole do PT" a afirmou que a hora é de renovação. “É tempo de trabalho, de competência, de seriedade. É tempo de Aécio Neves presidente do Brasil”, disse.
O ex-presidente Fernando Henrique reforçou o discurso de união, que tem como objetivo transmitir que Aécio terá apoio no Estado, o maior colégio eleitoral do País. Nas eleições de 2010, quando Serra foi o candidato da legenda, alguns dirigentes tucanos acusaram Aécio de fazer "corpo mole" em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do Brasil e onde Serra não conseguiu derrotar a presidente Dilma Rousseff.
O ex-presidente tucano destinou parte do discurso para fazer ataques ao atual governo. FHC disse que a atual gestão petista ficou longe do povo e criticou a estratégia de polarização entre PT e PSDB. "Chega de nós e eles. Somos todos trabalhadores honestos", afirmou para, depois, apontar corrupção no governo petista. "Há corrupção na área da saúde, uma das mais sagradas do povo brasileiro", afirmou.